Autossuficiência da China não é uma política de portas fechadas, diz Xi Jinping

 A ênfase da China na autossuficiência não está, de forma nenhuma, em adotar uma política de portas fechadas, mas sim para conectar melhor os mercados nacional e internacional, disse o presidente chinês, Xi Jinping, nesta terça-feira.

As declarações de Xi foram feitas durante sua conversa com o primeiro-ministro da Nova Zelândia, Chris Hipkins, que está em visita oficial à China.

Xi ressaltou que, no momento, a tarefa central da China é promover a grande revitalização da nação chinesa em todas as frentes por meio de um caminho chinês para a modernização. Ele disse que alcançar um desenvolvimento de alta qualidade é uma prioridade máxima, a prosperidade comum para todo o povo chinês é essencial, e que fazer uma maior contribuição para a paz e o desenvolvimento mundiais é um objetivo importante para a China.

A China é um país tão grande e que tem uma população tão grande que só pode basear o desenvolvimento do país e da nação em suas próprias forças, disse Xi.

"Somente com a abertura, a China poderá realizar a modernização. O desenvolvimento é a principal prioridade do Partido Comunista da China para governar e revitalizar o país. Continuaremos a promover vigorosamente a abertura de alto nível e a proteger melhor os direitos e interesses dos investidores estrangeiros de acordo com a lei", disse Xi.

Sobre as relações bilaterais, Xi disse que atribui grande importância aos laços China-Nova Zelândia. Ele lembrou sua visita à Nova Zelândia em 2014, durante a qual os dois países estabeleceram uma parceria estratégica abrangente.

Xi disse que o crescimento sólido e constante das relações entre a China e a Nova Zelândia na última década trouxe benefícios tangíveis para os povos dos dois países e contribuiu para a paz, estabilidade, desenvolvimento e prosperidade regionais.

A China sempre considerou a Nova Zelândia uma amiga e parceira e está pronta para trabalhar com ela para abraçar mais 50 anos de relações bilaterais e promover o crescimento constante da parceria estratégica abrangente China-Nova Zelândia, disse Xi.

As relações entre a China e a Nova Zelândia têm sido, há muito tempo, um marcapasso nas relações da China com os países desenvolvidos, disse Xi.

Ambos os países devem continuar a se ver como parceiros, em vez de adversários, e como oportunidades, em vez de ameaças, consolidando a base para o crescimento das relações China-Nova Zelândia, disse Xi.

O presidente chinês pediu uma implementação completa do atualizado acordo de livre comércio bilateral e da Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP, sigla em inglês) para promover a liberalização e a facilitação do comércio e dos investimentos e proporcionar um melhor ambiente de negócios para as empresas investirem e operarem nos países um do outro.

Ele observou que tanto a China quanto a Nova Zelândia precisam intensificar os intercâmbios e a cooperação em educação, cultura, turismo e em níveis subnacionais e não governamentais para que mais pessoas como Rewi Alley, um pioneiro nas relações China-Nova Zelândia, possam surgir e impulsionar a amizade bilateral.

Xi pediu a ambos os lados que defendam conjuntamente o verdadeiro multilateralismo e um sistema de livre comércio e enfrentem desafios globais como as mudanças climáticas, acrescentando que ambos os países também podem ajudar conjuntamente o desenvolvimento dos países insulares do Pacífico.

Hipkins disse que no ano passado a Nova Zelândia e a China celebraram o 50º aniversário de suas relações diplomáticas, que é um marco vital nas relações bilaterais. Ele disse que a Nova Zelândia atribui grande importância ao desenvolvimento das relações com a China.

Hipkins disse que está liderando uma grande delegação empresarial à China para explorar mais oportunidades de cooperação e elevar as relações bilaterais a um novo patamar.

A Nova Zelândia está disposta a fortalecer o intercâmbio interpessoal com a China, expandir a cooperação bilateral em economia, comércio, educação, ciência e tecnologia, cultura e outros campos, e implementar conjuntamente a versão atualizada do acordo de livre comércio bilateral, disse Hipkins.

O lado neozelandês acredita que as diferenças não devem definir os laços bilaterais, e o que é importante são as trocas francas, o respeito mútuo e a harmonia sem uniformidade, disse Hipkins, acrescentando que a Nova Zelândia está disposta a manter a comunicação com a China para apoiar o desenvolvimento dos países insulares.